“Voltou a esperança. E, quando volta a esperança, acaba voltando a confiança”.

Foi o que disse o empresário Abílio Diniz em evento recente organizado pelo consulado de Portugal.

Boa parte das empresas já fez os seus ajustes. Um ciclo de recuperação, embora pouco percebido pela população, já teve início.

A onda de renascimento do mercado brasileiro está em plena formação, e os economistas estão aos poucos se dando conta disso.

Como vimos anteriormente, a previsão de crescimento do PIB segundo o Bradesco para 2017 e 2018 é de +3,30% e +3,20%, respectivamente.

Note que, a cada nova projeção, essa estimativa de crescimento aumenta um pouco mais.

As chamadas nos jornais e portais de notícia também refletem a melhora no humor.

Não se trata apenas de um otimismo sem fundamentos. Já temos fatos relevantes de nossa economia para suportá-lo.

Não são poucos.

Na sequência, listo seis sinais incontestáveis de que estamos no ponto da retomada da confiança:

1 – Marcamos o primeiro superávit em conta corrente em sete anos: nosso setor externo passou por um ajuste importante, mais intenso e rápido do que todos podiam supor previamente.

2 – Os termos de troca da nossa economia têm melhorado destacadamente: isto é, as commodities estão voltando a níveis razoáveis lá fora, com minério de ferro a US$ 55/tonelada e petróleo acima de US$ 50/barril. Poucos imaginavam uma recuperação assim em tão curto intervalo de tempo.

3 – A inflação dá sinais de arrefecimento: Se no ano passado ela ultrapassou os dois dígitos, a previsão é de que caia para 7,25% em 2016 e 5,5% em 2017.

4 – Com essa queda da inflação, abrimos espaço para que os juros também caiam de maneira expressiva, provavelmente já no segundo semestre. Em outras palavras, é injeção de estímulo ao consumo e ao investimento, para que o País volte a gerar empregos e crescer.

5 – Há ainda uma série de projetos prontos para serem retomados com a percepção real de que a política econômica está sendo conduzida com responsabilidade.

As próprias empresas brasileiras já perceberam a mudança de rota e voltaram a captar recursos lá fora, aproveitando a janela de elevada liquidez internacional.

Já são 10 bilhões de dólares emitidos por empresas como Petrobras, Marfrig, Vale e Cosan, afinal…

6 – Os estrangeiros começam a demonstrar confiança na capacidade de pagamento de nossas empresas, aceitando bem seus papéis.

Qual vantagem essas empresas têm ao emitirem mais dívidas?

Menos pressão no curto prazo sobre seus balanços, com aumento da capacidade de pagamento e maior potencial para investimentos.

Tudo isso já está dado, agora imagine o que ainda vem pela frente e poderá impulsionar de vez nossa economia.

Por exemplo, à medida que houver um pacote de reformas, concessões e privatizações capazes de avançar em infraestrutura logística, aí o novo ciclo virtuoso estará à vista de todos.

A receita é simples, não há mágica.

 

A arrumação das contas públicas contribui para a queda da inflação, que abre caminho para os cortes na taxas de juros, que estimulam a economia…

Fonte: Bruce Barbosa – Empiricus – 23/06/2016

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